Covid-19 ainda não chegou à Venezuela. País descarta 20 casos suspeitos

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse terça-feira que foram descartados pelas autoridades venezuelanas quase 20 casos suspeitos de coronavírus, insistindo, no entanto, que o surto vai chegar ao país.

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Lusa
11/03/2020 08:25 ‧ 11/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

 

"Um vírus destes não olha para as fronteiras e chegará em algum momento. Devemos evitar que se espalhe por todo o país. Até agora, descartámos quase 20 casos suspeitos de coronavírus", disse.

Nicolás Maduro falava durante um ato que assinalou o Dia do Médico, tendo sublinhado que assim que surge um alerta com as características do coronavírus as autoridades venezuelanas fazem um teste.

"Temos 46 hospitais, a nível nacional, adequados para a atenção direta a esse vírus e também ordenei que se distribuam os testes nas capitais de todos os estados [venezuelanos]", disse.

O Presidente da Venezuela explicou ainda que está em curso "uma jornada intensa de prevenção e proteção" para combater o novo coronavírus.

"Aproveite todos os recursos [económicos] necessários, para que o país esteja dotado com todos os testes", frisou.

Por outro lado, precisou que as autoridades venezuelanas estão "em coordenação com a Organização Mundial da Saúde e tomando todas as medidas preventivas para enfrentar esta ameaça e proteger o povo".

"Precisamos blindar, preparar o país e ter os medicamentos para atacar esta doença", frisou Maduro.

Entretanto, segundo o diário venezuelano El Nacional, há um novo caso suspeito de coronavírus. Trata-se de uma pessoa que terá viajado para Espanha e que se encontra isolada num hospital de Caracas.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo Governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

 

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