Covid-19: Bolsonaro em vigilância médica após secretário testar positivo

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob vigilância médica depois de o chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência testar positivo para o novo coronavírus, informou hoje, em comunicado, o Palácio do Planalto.

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Lusa
12/03/2020 17:19 ‧ 12/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"O Serviço Médico da Presidência da República adotou e está adotando todas as medidas preventivas necessárias para preservar a saúde do Presidente da República e de toda comitiva presidencial que o acompanhou em recente viagem oficial aos Estados Unidos, bem como dos servidores do Palácio do Planalto", lê-se na nota.

O documento acrescentou que as medidas se justificam "porque um dos integrantes do grupo, o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, é portador do novo coronavírus", confirmado "em contraprova já realizada".

Wajngarten deverá cumprir todas as recomendações médicas, em quarentena domiciliar, e só regressará ao seu trabalho quando não houver risco de transmissão da doença.

A nota do Governo brasileiro conclui informando que às autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) já foram noticiadas da ocorrência para que possam adotar as medidas cautelares necessárias.

A medida foi adotada porque o secretário de comunicação do Governo brasileiro esteve recentemente nos EUA numa viagem oficial.

Nessa viagem, realizada entre sábado e terça-feira, Jair Bolsonaro foi acompanhado por Wajngarten e vários ministros, que viajaram no avião oficial e participaram num jantar oferecido pela delegação do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Florida.

Jair Bolsonaro cancelou hoje uma viagem ao estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do país.

Durante a visita a Miami, o Presidente participou de uma reunião com membros da comunidade brasileira residentes nos EUA, onde minimizou os riscos do novo coronavírus, em torno do qual afirmou que estava sendo gerada uma espécie de "ficção" e " fantasia", pela qual culpou parcialmente os 'media'.

Até ao momento, foram confirmados quase 70 casos de Covid-19 no Brasil, sem qualquer morte, e existem quase mil pacientes suspeitos de estarem infetados.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas 15 novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quarta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu em 11, para 3.169. No total, o país soma 80.793 infetados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

 

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