O Governo de Macau acordou com a região vizinha que os residentes de Macau entre 17 de março e 22 de março serão transportados de carro, explicou a chefe do departamento de licenciamento e inspeção da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, Inês Chan.
Os residentes têm de contactar as autoridades e declarar o itinerário da viagem.
A esmagadora maioria das pessoas que chega a Macau através de destinos internacionais, que não a Ásia, aterra no Aeroporto Internacional Hong Kong e só depois é que vêm para Macau através da maior ponte do mundo que junta os dois territórios.
O Governo já recebeu 136 pedidos de apoio, entre os quais 86 estudantes que se encontram em Portugal.
Relativamente aos residentes que cheguem a Hong Kong depois de 22 de Março, ainda não há acordo com as autoridades do território vizinho em relação ao transporte.
"Já enviamos 671 mensagens para os residentes que estão na Europa", afirmou Inês Chan.
"A Direção dos Serviços de Ensino Superior (DSES) e o Gabinete de Gestão de Crises do Turismo (GGCT) apela aos Residentes de Macau que se encontram a estudar na Europa, bem como aqueles que se encontram em viagem na Europa e planeiem regressar a Macau via o aeroporto internacional de Hong Kong para se registarem o mais brevemente possível para facilitação de entrada", lê-se num comunicado emitido pelas autoridades.
Os residentes do território devem comunicar com as autoridades através da Linha Aberta para o Turismo +853 2833 3000.
Quanto aos estudantes de Macau que estão a estudar em países estrangeiros, mais de 3.000, todos os estudantes que vieram do exterior têm de fazer quarentena de 14 dias em casa, explicaram as autoridades, acrescentando que vão distribuir frascos para retirar amostras à saliva e verificar as condições de condições da casa.
Se as casas não reunirem condições os estudantes serão reencaminhados para um hotel, que será gratuito, voltaram a frisar. Neste momento 60 estudantes vindos de Portugal já se encontram em observação médica de 14 dias.
Na sexta-feira à noite, a região vizinha Hong Kong anunciou que os visitantes de quase toda a zona Schengen europeia, que inclui Portugal, estarão sujeitos a "quarentena domiciliária obrigatória" a partir da próxima terça-feira.
Um dia depois do anúncio da antiga colónia britânica, Macau anunciou que a partir da meia-noite de terça-feira quem chegar de praticamente toda a Europa, incluindo Portugal, e dos Estados Unidos, Canadá, Brasil, Egito, Austrália e Nova Zelândia, terá de ficar em quarentena de 14 dias.
A partir da meia-noite de terça-feira quem tenha estado nestes países nos 14 dias anteriores à entrada no território será sujeito a uma observação médica de 14 dias.
Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, Grécia, Hungria, Islândia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia, Suíça, Reino Unido e Rússia são os restantes países europeus incluídos na lista, devido ao número de casos de infeção do Covid-19 que se têm registado no continente europeu.
Esta medida já está em vigor para quem tivesse estado na Alemanha, Espanha, França, Japão, Coreia do Sul, Itália e Irão nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.
Aos residentes do território é lhes permitida a quarentena em casa, por outro lado as restantes pessoas terão de ficar em isolamento num hotel escolhido pelas autoridades e terão de pagar a estadia.
Todos os que regressam das zonas de alta incidência de Covid-19 têm de fazer um teste de rastreio.
Macau registou dez doentes, tendo todos já recebido alta hospitalar.
Dos 2.260 casos suspeitos em Macau, 2.228 foram excluídos pelas autoridades, com 22 à espera de resultados de análises, não existindo neste momento pessoas em isolamento.
Nas últimas 24 horas, foram efetuados 157 testes, sublinharam as autoridades de saúde, no dia em que se cumpre o 40.º dia sem novos casos no território.