Governo britânico espera poder conter mortes abaixo de 20.000

O governo britânico espera conter o número de mortes provocadas pela pandemia de Covid-19 abaixo de 20.000, considerando que tal seria "um bom resultado", afirmou hoje o consultor científico, Patrick Vallance. 

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© Reuters

Lusa
17/03/2020 16:09 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Essa é a esperança. Para colocar em perspetiva, acredita-se que a gripe sazonal cause todos os anos seja cerca de 8.000 mortes ou mais. Então, se conseguirmos ficar em 20.000 [mortes] ou menos, seria um bom resultado, afirmou durante uma audição pela comissão parlamentar de saúde. 

 "Claro que é horrível. É um número enorme de mortes", acrescentou. 

 Vallance admitiu que, de acordo com os cálculos matemáticos de mil pessoas infetadas por cada morte, se pode extrapolar que existam atualmente cerca de 55.000 pessoas infetadas no Reino Unido com o coronavírus Covid-19. 

 No Reino Unido, o balanço mais recente dava conta de 1.950 casos positivos entre 50.442 pessoas testadas ao coronavírus Covid-19 no Reino Unido, das quais 55 morreram e 52 recuperaram.

 Na segunda-feira, o primeiro-ministro, Boris Johnson, urgiu as pessoas a adoptar medidas de distanciamento social, isolando-se durante 14 dias se tiverem sintomas, deixando de sair incluindo para comprar alimentos ou outros bens essenciais, sobretudo idosos com maiores de 70 anos, mulheres grávidas e pessoas com outros problemas de saúde.

 Apelou ainda às pessoas em geral para reduzirem as deslocações e contactos sociais, trabalhando a partir de casa e parando de frequentar bares, restaurantes, teatro e outro tipo de locais públicos.

Depois de primeiro tentar conter e atenuar o ritmo de infeções, o objetivo das autoridades é agora de "suprimir" o contágio, tendo Vallance estimado que o resultado destas medidas deverá ser visível dentro de duas a três semanas. 

 Sobre o possível encerramento de escolas, admitiu que ainda não foi decretada porque "tem todos os tipos de efeitos complicados", pois poderia levar às crianças ficaram à guarda dos avós, considerados um grupo vulnerável ao vírus, ou à necessidade dos pais faltarem aos empregos no serviço nacional de saúde. 

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