Bruxelas cria painel de cientistas para orientar resposta médica da UE

A Comissão Europeia lançou hoje um painel consultivo composto por epidemiologistas e virologistas de diversos Estados-membros, cuja missão será formular as diretrizes da UE para uma resposta médica coordenada ao surto do novo coronavírus.

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Lusa
17/03/2020 16:44 ‧ 17/03/2020 por Lusa

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Covid-19

 

O painel, criado na sequência de um mandato dado pelos Estados-membros e que será presidido pela presidente da Comissão, Urusula von der Leyen, é formado por especialistas da Alemanha (dois), França, Dinamarca, Holanda, Bélgica e Itália, que atuarão de forma independente e a título pessoas.

Três agências, designadamente o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças, a Agência Europeia dos Medicamentos e o Centro de Coordenação de Respostas de Emergência, participarão como observadores.

O painel tem por missão formular medidas de resposta a serem dirigidas a todos os Estados-membros, em linha com as diferentes etapas da epidemia na UE como um todo e tendo em conta os contextos particulares de cada país, e identificar e mitigar lacunas significativas, inconsistências ou práticas inadequadas nas medidas tomadas ou a virem a ser tomadas para conter a propagação do novo coronavírus, incluindo tratamentos e gestão clínica.

O executivo comunitário aponta que "os membros deliberarão pelo menos duas vezes por semana, se não mais, através de videoconferências, com base em questões colocadas pela Comissão ou por sua iniciativa".

"O [novo] coronavírus está a mudar rapidamente as nossas vidas e sociedades. Todos os governos devem tomar decisões bem informadas e apropriadas para os cidadãos da Europa todos os dias. É por isso que os conhecimentos científicos e bom aconselhamento são agora mais valiosos do que nunca", comentou Von der Leyen, que agradeceu aos sete "conceituados especialistas colocarem o seu conhecimento ao serviço da comunidade".

A primeira reunião do painel terá lugar já na quarta-feira.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, assinalando que o epicentro se deslocou entretanto da China para a Europa.

 

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