Igreja Católica angolana pede que se evitem contactos físicos nas missas

A Igreja Católica angolana exortou hoje os fiéis a "evitarem o contacto físico" durante as missas, defendendo a receção da comunhão "preferencialmente nas mãos", como medidas precaução à Covid-19, de acordo com o presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).

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Lusa
17/03/2020 18:08 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Filomeno Vieira Dias considerou que devem ser evitadas também celebrações eucarísticas com grandes aglomerados de pessoas.

Em declarações à emissora Católica angolana, o responsável afirmou que a medida não deve ser percebida como um alarmismo, "mas é um agir preventivo", para "enfrentar esta situação de emergência" que "será superada pela humanidade".

Há "algumas orientações" que foram dadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pelos organismos nacionais que recomendam "medidas preventivas específicas para impedir a disseminação do novo coronavírus", recordou.

"E gostaríamos, aqui, que os fiéis, desde já, começassem a acatar, a observar e a seguir essas orientações e que não negligenciássemos", assinalou o também arcebispo de Luanda.

Angola, sem registos de casos confirmados, desenvolve planos de contingência e medidas de controlo nos principais pontos de entrada do país e decretou, a partir de 03 de março, a proibição da entrada de cidadãos estrangeiros oriundos da China, Coreia do Sul, Irão, Itália, tendo alargado hoje essas medidas a Portugal, Espanha e França.

Para o presidente da CEAST, que manifesta solidariedade para com as pessoas e países afetados, a primeira medida "é clamor de oração e de esperança para que Cristo ilumine a inteligência dos cientistas" e que se possa "vencer esta grande virose".

"Também devemos unir-nos àquelas pessoas que neste momento estão atingidas após o contágio com esse vírus nos países da Europa, da Ásia e já em vários países de África, rezemos pois por estas pessoas", frisou.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.

 

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