"Dói-me aplicar medidas tão fortes, mas faço-o com firmeza", justificou a presidente interina, Jeanine Áñez, que, numa mensagem ao país através da televisão, assumiu a necessidade de o país enfrentar "maiores sacrifícios" para conter o novo coronavirus.
O ingresso no país só será autorizado aos bolivianos e aos estrangeiros com autorização de residência, como forma de conter a importação do vírus.
A Bolívia conta com 12 casos da Covid-19, sendo que quatro têm origens em Itália e Espanha, os dois países europeus mais afetados pela pandemia.
Brasil, Peru, Paraguai, Argentina e Chile são os estados com os quais a Bolívia faz fronteira, nas quais já aplica os protocolos de segurança da Organização Mundial de Saúde (OMS), para detetar possíveis casos.
Argentina, Chile, Peru e Paraguai já anunciaram o encerramento de fronteiras, tal como Colômbia e Uruguai, outras nações da região.
Paralelamente, a Bolívia vai restringir as viagens internas e o horário de trabalho será reduzido das 08:00 às 15:00, medidas em vigor até 31 de março, data em que serão reavaliadas.
Várias cidades, entre as quais Santa Cruz, a maior da Bolívia, estão sob quarentena decretada pelas autarquias ou administrações regionais.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.