Na última atualização efetuada pelas autoridades sanitárias, o número de casos positivos nos Países Baixos ascendeu para um total de 2.460 infetados, tendo morrido até ao momento 76 pessoas, com idades compreendidas entre os 63 e os 95 anos. Do total de infetados, 594 são profissionais de saúde.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, visitou hoje uma loja de uma das maiores cadeias de supermercados do país, Albert Heijn, para tranquilizar e garantir que as prateleiras continuarão cheias, não implementando nenhuma medida nova, apesar do aumento do número de casos.
Mark Rutte lamentou que a sociedade tenha interpretado como objetivo final da sua estratégia a "imunidade de grupo", assegurando que esta é apenas "um efeito secundário" da política holandesa, tentando distribuir os picos de contágio durante um período temporal maior, "enquanto se desenvolve a imunidade", para que os hospitais não fiquem sobrelotados.
"Os Países Baixos já estão fechados em grande medida. Os cafés e os bares estão fechados e a utilização dos transportes públicos desceu. Em França, as pessoas continuam a ir trabalhar", comparou o primeiro-ministro.
Já a Associação Holandesa de Cuidados Intensivos anunciou hoje que prevê entre 500 a 1.000 pacientes com Covid-19 nas unidades de cuidados intensivos de todo o país na próxima semana, especialmente na província de Brabante Setentrional, a mais afetada pelo vírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, incluindo Portugal, com 785 infetados e quatro mortos, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.