Segunda a agência de notícias tunisina, a TAP, a mulher tinha regressado há dois dias de uma viagem à Turquia e estava em quarentena em sua casa, em conformidade com as exigências das autoridades sanitárias do país.
A notícia da morte surgiu um dia depois do Governo tunisino ter expressado satisfação pela primeira recuperação de um paciente de Covid-19 no país, um homem de 40 anos, que viajara desde Itália no dia 27 de fevereiro.
De acordo com o Observatório Nacional das Doenças Novas e Emergentes, cerca de 3.200 pessoas estão de quarentena na Tunísia e 5.600 passaram por um período de isolamento. Na quinta-feira, houve mais 39 pessoas a quem foi diagnosticada a Covid-19.
O presidente da Tunísia, Kaïes Said, impôs, na quinta-feira, um horário de recolha obrigatória no país, que se estende das 18:00 locais (17:00 de Lisboa) às 06:00 do dia seguinte, e pediu ao Parlamento para promulgar leis que compensem os trabalhadores precários que tiveram que deixar os empregos e para deixar as empresas afetadas pela pandemia renegociarem as dívidas.
Antes, o primeiro-ministro da Tunísia, Elyes Fakhfekh, já tinha anunciado o encerramento de todas as fronteiras aéreas e terrestres e a suspensão das viagens comerciais, à exceção do transporte de mercadorias e dos voos de repatriamento.
Entre as novas medidas preventivas, destacam-se o encerramento das escolas, dos mercados, das casas de banho públicas e dos espaços de diversão, assim como a suspensão de todos os eventos desportivos e culturais e das orações coletivas nas mesquitas.
Já os hotéis, os cafés, os restaurantes e as discotecas, podem permanecer abertos até às 16:00 locais, apesar de vários municípios tunisinos terem decretado o encerramento total desses espaços.
Com os tribunais fechados "até novas ordens", os cerca de 800.000 funcionários passaram para um horário intensivo, com dois turnos de cinco horas, em que procuram reduzir o número de passageiros nos transportes públicos.
Na última sexta-feira, o governo tunisino decretou a terceira fase da luta contra a propagação do vírus, quando o país tinha 16 casos de Covid-19, para "antecipar a situação" devido à falta de recursos estatais, tendo avisado que haverá sanções "rigorosas" contra os infratores.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 231.000 pessoas em todo o mundo, tendo morrido mais de 9.350 e recuperado mais de 86.250.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três, segundo a DGS.