Papa junta-se por vídeo a oração organizada pelos bispos italianos

O Papa Francisco juntou-se hoje à noite, por vídeo, à oração organizada pelos bispos italianos, que pediram a todos os fiéis que rezassem às 21:00 (20:00 em Portugal) pela luta contra o novo coronavírus.

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© Reuters

Lusa
19/03/2020 21:10 ‧ 19/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"Nesta situação inédita, onde tudo parece vacilar, vamos ajudar-nos uns aos outros a continuar fortes pelo que realmente importa", disse o Papa numa mensagem de vídeo divulgada pelo Vaticano.

"Estejamos próximos uns dos outros, mostrando caridade, compreensão, paciência e misericórdia", disse o Papa.

Na oração dirigida a São José, o Papa pediu "o dom da inteligência para os cientistas (...) para apoiar os que precisam, os voluntários, os enfermeiros, médicos, que estão na linha da frente para tratar os doentes, também à custa da sua própria saúde".

"Preserve as pessoas idosas da solidão (...) Com a virgem Maria, implore ao Senhor para que liberte o mundo de qualquer forma de pandemia", disse também o Papa Francisco.

Quinze minutos antes da oração coletiva todos os sinos de Roma tocaram e os italianos foram convidados a colocar um lenço branco nas janelas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos. 

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje de manhã o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. À tarde o presidente da Câmara de Ovar anunciou também uma vítima mortal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou o estado de emergência na quarta-feira - aprovado pelo parlamento, depois de parecer favorável do executivo - que prevê a possibilidade de confinamento obrigatório compulsivo dos cidadãos em casa e restrições à circulação na via pública, a não ser que seja justificada.

 

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