Governo aumenta salários de ministros e gera indignação na Eslovénia

O recém-eleito governo da Eslovénia está a ser alvo de críticas dos mais variados quadrantes, depois de na quinta-feira ter sido anunciado o aumento dos salários dos ministros, em plena crise gerada pela pandemia de Covid-19.

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Lusa
20/03/2020 21:21 ‧ 20/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

 

Pouco menos de uma semana depois de ter entrado em funções, o executivo composto por uma coligação de centro-direita e liderado pelo primeiro-ministro Janez Jansa decidiu-se pelo aumento salarial de quase 100 funcionários do Estado, entre os quais ministros.

De acordo com a imprensa eslovena, os salários foram aumentados em quase 400 euros, para 5.200, sendo que o salário médio no país ronda os 1.750.

"No momento em que todos desistirmos de lutar juntos por um futuro melhor, passamos a ser divididos em cidadãos de primeira e segunda classes", afirmou a presidente da União Geral dos Trabalhadores da Eslovénia (ZSSS), Lidija Jerkic, dirigindo-se ao governo esloveno, de acordo com a agência de notícias STA.

A decisão, que mereceu igualmente reparos por parte do sindicato da polícia, que a classificou de "irresponsável e de mau gosto", foi anunciada pelo governo esloveno na quinta-feira, depois de as autoridades nacionais terem decretado várias medidas de contenção à pandemia de Covid-19, entre as quais o encerramento dos transportes públicos.

Os donos de pequenas empresas, que tiveram de encerrar os seus negócios por causa da propagação do novo coronavírus, também se mostram indignados, uma vez que ainda não foram anunciadas medidas de apoio à tesouraria das empresas.

Na Eslovénia registaram-se, até ao momento, 341 casos de infeção e uma pessoa morreu.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

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