Emmerson Mnangagwa tinha dito esta semana em Harare que a proibição de viajar também se lhe aplicava. "Só partirei se for necessário e inevitável", assegurou.
Mas hoje estava na Namíbia, como constatou uma jornalista da agência France-Presse, para a cerimónia de juramento de Geingob, reeleito em novembro.
Na sexta-feira, foi confirmado um primeiro caso do novo coronavírus no Zimbabué, cujos serviços de saúde estão sem o mínimo de condições.
"Estaremos ao vosso lado na nossa busca comum para consolidar e reforçar a integração regional e continental e ainda mais face às ameaças recentes como a da covid-19", declarou Emmerson Mnangagwa ao seu homólogo da Namíbia.
Até ao momento foram confirmados na Namíbia dois casos do novo coronavírus e o Presidente declarou o estado de emergência.
O impacto da epidemia pode ser catastrófico no Zimbabué, mergulhado há décadas numa crise económica.
Apenas um outro chefe de Estado, o angolano João Lourenço, se deslocou hoje a Windhoek para a cerimónia, que foi organizada no palácio presidencial e não num estádio devido à epidemia.
Várias centenas de pessoas assistiram, depois de ter sido testada a sua temperatura e de lhes ter sido dado gel desinfetante.
O novo coronavírus já causou pelo menos 11.401 mortos em todo o mundo e foram detetados mais de 271.660 casos de infeção em 164 países e territórios.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.