Nova Iorque: "Vai ser a maior crise doméstica desde a Grande Depressão"
Bill de Blasio, mayor de Nova Iorque, mostra-se preocupado com o evoluir do surto viral na cidade, alertando para a falta de ventiladores.
© REUTERS/Andrew Kelly
Mundo Covid-19
"Se não conseguirmos mais ventiladores... Há pessoas que não precisariam de morrer que vão morrer", disse este domingo Bill de Blasio em entrevista à CNN, pedindo mais ação ao governo norte-americano.
O presidente da câmara de Nova Iorque mostra-se preocupado e diz que a cidade está a dez dias de assistir "a ruturas gerais" de stocks. "Estamos francamente a 10 dias de uma escassez generalizada de ventiladores, máscaras cirúrgicas, coisas necessárias para um hospital continuar a funcionar", previu.
"Isto vai ser a maior crise, a nível doméstico, desde a Grande Depressão", afirmou, lamentando que presidente norte-americano "não mexa um dedo para ajudar a sua cidade natal".
"Não posso ser mais claro: se o Presidente não agir, pessoas que poderiam ter vivido vão morrer", insistiu.
WATCH: @NYCMayor says "if the president doesn't act, people will die who could have lived otherwise." #MTP #IfItsSundayMayor de Blasio: "If there are ventilators being produced anywhere in the country, we need to get them to New York ... in the next 10 days." pic.twitter.com/TseexRZD42
— Meet the Press (@MeetThePress) March 22, 2020
Recorde-se que Nova Iorque contabiliza nesta altura mais de 10 mil casos confirmados - quase metade do total de casos registados em todo o país.
O Estado de Nova Iorque precisa de cerca de 30.000 ventiladores, sendo que cada um pode custar mais de 40.000 dólares (37.378, à taxa de câmbio atual), indicou hoje o Governador Andrew Cuomo, que lamentou que vários Estados norte-americanos estejam a lutar pelos aparelhos
O estado de Washington, que tinha sido o epicentro do surto viral nos Estados Unidos, também alertou para o risco de ficar sem ventiladores já no início de abril.
O número de mortos nos Estados Unidos, até este domingo, cifra-se nos 340, com 24.747 casos de infeção confirmados (mais de 700 estão em estado grave).
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