"No âmbito da cooperação internacional, o Governo está a fazer um trabalho diplomático muito grande com outros países já afetados", disse Silvia Lutucuta, numa conferência de imprensa em Luanda, adiantando que têm sido realizadas videoconferências com a China, "com profissionais que trabalharam e estão a trabalhar" no combate à pandemia, com o Brasil e outros países "mais ou menos afetados".
Com Cuba, a interação vai ser mais direta e Angola já está a trabalhar com as missões diplomáticas cubanas nesse sentido.
"Vamos mandar vir médicos cubanos das especialidades mais importantes", incluindo cuidados intensivos e pneumologia, saúde pública, virologia e infecciologia, referiu a ministra, adiantando que o objetivo é que possam dar apoio a Angola e mitigar o impacto "na parte assistencial, na área de saúde pública mais preventiva e na busca ativa e controlo da epidemia", declarou.
Sílvia Lutucuta frisou que estão a ser mobilizados vários setores para implementar as medidas que considerou "de salvação da pátria".
"Além da saúde, temos os militares e a polícia, estamos a trabalhar com o setor privado e as instituições com fins não lucrativos e igrejas", realçou a governante.
Angola anunciou hoje um novo caso confirmado de infeção pelo novo coronavírus, elevando para três o número de doentes.
Todos os casos são relativos a passageiros angolanos que chegaram na semana passada em voos provenientes de Portugal.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente africano registou mais de 50 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 1.700 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.