Arábia Saudita decreta quarentena em Riad, Medina e Meca

A Arábia Saudita anunciou hoje a quarentena na capital, Riad, e nas duas cidades mais sagradas do país, Medina e Meca, e estendeu o recolher obrigatório, já em vigor, para combater a pandemia covid-19.

Notícia

© iStock

Lusa
25/03/2020 17:26 ‧ 25/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

As novas medidas surgem quando Riad anunciou a segunda morte relacionada com o novo coronavírus, num país que conta com 900 pessoas infetadas com a doença, segundo o Ministério da Saúde, sendo o mais afetado de entre os Estados vizinhos do Golfo.

O reino saudita proibiu, a partir de quinta-feira, qualquer entrada e saída das cidades de Riad, Medina e Meca, assim como qualquer movimento entre as províncias do país, segundo a agência oficial de imprensa SPA, citando as medidas do rei Salman bin Abdulaziz.

Embora o recolher obrigatório esteja em vigor desde segunda-feira, das 19:00 às 06:00 locais (16:00 às 03:00 em Portugal), a partir de agora inicia-se a partir das 15:00, em Riad, Medina e Meca.

As duas cidades sagradas já tinham sido declaradas interditas a estrangeiros para limitar a propagação do novo coronavírus.

O país, o mais rico do mundo árabe, fechou também cinemas, centros comerciais e restaurantes, suspendendo todos os voos, assim como a pequena peregrinação da Umra, que todos os anos atrai milhões de muçulmanos de todo o mundo.

Riad anunciou medidas económicas no valor de 120 mil milhões de riais (29,6 milhões de euros) para apoiar as empresas.

Como principal exportador mundial de petróleo, o país sofreu muito com a queda nos preços do 'ouro negro', ligada à desaceleração económica provocada pela pandemia.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.

 

Partilhe a notícia


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas