"É verdade que todos estão fechados dentro das suas fronteiras e os países muito ricos viraram as costas aos outros. Mas porque não somos ricos e porque temos memória, não podemos deixar de mostrar à Itália que os albaneses nunca abandonam os seus amigos em dificuldade", declarou o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, numa mensagem.
O Presidente do Governo italiano, Giuseppe Conte, publicou a mensagem do socialista Rama nas redes sociais acrescentando a palavra: "Obrigado".
"Pode parecer estranho para alguns na Albânia que 30 médicos e enfermeiros de nosso pequeno exército vestidos de branco estejam a sair hoje para a primeira linha da frente na Itália", acrescentou Rama.
"Entretanto, eu sei que ali [Itália] também é como se fosse o nosso lar, já que os irmãos e irmãs italianos salvaram-nos, adotaram-nos e acolheram-nos nos seus lares quando na Albânia se sentia uma dor imensa", disse o político albanês.
"Esta é uma guerra que não pode ser vencida sozinha. E essa guerra também é nossa. A Itália precisa vencê-la, também por nós e pelo mundo inteiro", afirmou.
Durante a década de 1990, dezenas de milhares de albaneses chegaram à Itália em grandes navios após a queda da ditadura do país e atualmente a população albanesa no país é mais de 400.000 pessoas.
A pequena ajuda albanesa junta-se à enviada pela China, Rússia, Estados Unidos e também uma equipa médica de 52 pessoas que chegou de Cuba.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Dos casos de infeção, pelo menos 134.700 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.