Segundo o executivo brasileiro, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro, a taxa de letalidade da covid-19 no Brasil subiu hoje para 3,8%, sendo que 85% dos mortos apresentava pelo menos um fator de risco.
Nas últimas 24 horas o Brasil somou 58 mortos, o maior número registado desde a chegada da pandemia ao país.
De acordo com os dados hoje divulgados pela tutela da Saúde, aumentou para 22 o número de unidades federativas do Brasil a registarem óbitos devido ao novo coronavírus: Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Pará, Sergipe, Rondônia, Maranhão, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.
O Ministério da Saúde anunciou hoje um novo dado acerca da circulação do novo coronavírus em território brasileiro. Apesar de o primeiro caso ter sido divulgado em 26 de fevereiro, o executivo informou que houve uma hospitalização devido à Covid-19 no final de janeiro.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, o caso remonta a 23 de janeiro e foi importado, ou seja, contraído no estrangeiro.
"Lembrem-se que estamos a fazer a investigação de casos internados. Muitos desses casos estão com material colhido e nós tivemos, a partir de investigação retrospetiva, a identificação do primeiro caso confirmado, ele é da semana epidemiológica quatro, de 23 de janeiro", disse o secretário em conferência de imprensa.
Segundo Wanderson de Oliveira, o mesmo aconteceu com a epidemia do vírus Zika no Brasil.
"Inicialmente achávamos que os primeiros casos eram de abril de 2015 e, um ano depois, com investigação retrospetiva, verificámos que tinha [um] caso de Zika identificado num banco de sangue na região amazónica desde 2014", disse Wanderson.
De acordo com a imprensa local, o Brasil tem cerca de 23 mil testes para detetar o novo coronavírus à espera do resultado, número que representa quase o triplo dos casos já confirmados
Numa conferência de imprensa interministerial, feita na tarde de hoje, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, revelou que houve um aumento de 9% no volume de denúncias de violência doméstica durante a pandemia.
Damares frisou que o executivo está preocupado com a possibilidade de aumento da violência doméstica e de abuso sexual de menores durante a pandemia do novo coronavírus devido ao isolamento domiciliário de famílias durante longos períodos.
"No Brasil, já temos indicações [nesse sentido], como o estado do Rio de Janeiro, em que há um anúncio de que a notificação da violência contra a mulher neste período é 50% maior em relação ao mesmo período do ano passado", indicou a ministra.
Já o ministro do Turismo do Brasil, Marcelo Álvaro Antônio, anunciou que o Governo vai avançar com uma medida provisória concedendo um prazo de 12 meses para que empresas do setor turístico e cultural reembolsem os consumidores após cancelamento de eventos e viagens.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.