Milhares de pessoas, incluindo muitos chefes de Estado, são esperados na localidade remota da província do Cabo Oriental, onde se realizará o funeral de Mandela no domingo.
Desde o início da semana, os trabalhadores têm estado a preparar o local e a chuva intensa que começou a cair na terça-feira não impediu a construção de uma enorme tenda branca em forma de cúpula, onde se realizará o funeral.
Segundo fonte governamental, a tenda tem capacidade para cerca de 5.000 pessoas.
Alguns membros da família, incluindo a filha mais velha, Makaziwe, começaram a chegar na quarta-feira sob forte escolta policial à aldeia, onde Mandela mandou construir uma casa após ser libertado, ao fim de 27 anos de prisão.
O aeroporto de Mthatha, a cidade mais próxima, onde normalmente aterram dois pequenos aviões comerciais, terá de lidar durante o fim de semana com mais de 100 aviões que transportam figuras mundiais para as cerimónias.
O aeroporto local tem estado encerrado a voos comerciais desde o início da semana.
"O exército tomou conta do aeroporto... só vai receber aviões que transportem dignitários. É uma das medidas adotadas para garantir a segurança", disse o administrador do aeroporto, Anderson Maduneni.
Ao longo dos 35 quilómetros que separam o aeroporto de Qunu há polícias, que frequentemente param e revistam veículos.
A secção mais próxima da casa de Mandela está isolada desde a semana passada.
O Nobel da Paz morreu na quinta-feira, aos 95 anos, na sua casa de Joanesburgo e o seu corpo está desde quarta-feira em câmara ardente no edifício da presidência em Pretória, onde milhares de sul-africanos se têm despedido do seu líder histórico.
No domingo, o herói da luta anti-apartheid vai ser sepultado nunca campa modesta, em Qunu, terra natal, na província do Cabo Oriental.