Covid-19: União Europeia "repatriou" 500 europeus retidos na Nicarágua

A União Europeia (UE) concluiu na sexta-feira o repatriamento de 500 cidadãos comunitários que estavam retidos na Nicarágua devido à emergência causada pela propagação pandemia covid-19, foi hoje anunciado neste país da América Central.

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Lusa
04/04/2020 06:45 ‧ 04/04/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

Um voo especial com 250 turistas europeus, o segundo nos últimos sete dias, partiu esta noite do Aeroporto Internacional de Manágua com destino a Paris, informou o embaixador da UE na Nicarágua, Pelayo Castro, através da sua conta na rede social Twitter.

O diplomata explicou que o voo foi organizado pela representação diplomática francesa na Nicarágua.

O primeiro voo, que partiu de Manágua no sábado passado, 28 março, para Frankfurt, foi liderado pela Alemanha.

Segundo a delegação da UE, estes voos foram "a última oportunidade, por um período indeterminado", para os turistas europeus na Nicarágua retornarem diretamente à Europa, com financiamento da UE.

"Neste momento, não estão previstos mais voos especiais. Para já ainda é possível viajar para o México em voos comerciais e daí para a Europa", explicou o embaixador.

Até agora, o governo da Nicarágua confirmou a existência no país de apenas cinco casos de coronavírus, incluindo uma vítima mortal. Doze pessoas estão isoladas preventivamente em hospitais, por suspeita de contaminação

Ao contrário da maioria dos países da América Central, a Nicarágua não decretou qualquer tipo de alerta, confinamento ou emergência devido à pandemia.

O governo não suspendeu aulas ou eventos públicos, nem proibiu a entrada de estrangeiros de países com surtos de covid-19, e avisou que "não estabeleceu ou estabelecerá quarentena".

Responsáveis do governo têm tentado minimizar a pandemia, apresentada como "uma doença de ricos e burgueses", criticando ainda duramente membros da oposição que se juntaram à campanha popular #QuedateEnCasa (Fica em Casa).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.

Dos casos de infeção, mais de 205 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de 587 mil infetados e quase 42 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 14.681 óbitos em 119.827 casos confirmados até hoje.

 

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