Embaixada informou brasileiros em Portugal sobre possível repatriamento

A embaixada do Brasil em Lisboa enviou um email a 1.300 viajantes brasileiros que ainda se encontram retidos em Portugal a informar que está a trabalhar, conjuntamente com as estruturas consulares, para "viabilizar" voos de repatriamento "no curto prazo".

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Lusa
06/04/2020 19:54 ‧ 06/04/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"Este fim de semana enviamos emails para os viajantes brasileiros que se encontram nos nossos cadastros, indicando que as repartições de brasileiros em Portugal - embaixada e consulados - estão trabalhando coordenadamente para viabilizar voos de repatriamento no curto prazo", afirmou à Lusa o ministro conselheiro da representação diplomática brasileira, Luciano Andrade.

Na mesma comunicação, a embaixada adiantava que logo que tenha "mais detalhes" entrará em contacto.

"O universo registado, sobre o qual informámos Brasília, é de 1.300 pessoas, incluindo as jurisdições consulares de Lisboa, Porto e Faro", adiantou o diplomata, referindo que foi aquele "o contingente indicado, inicialmente, para orientar no processo decisório".

A embaixada do Brasil em Lisboa já tinha dito, em 31 de março, que ainda estavam retidos em Portugal, por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus, pelo menos 1.000 brasileiros, que se encontravam em turismo ou viagens de negócios, grande parte passageiros da companhia aérea espanhola Ibéria.

"A maioria destas mil pessoas, que se tinham deslocado para a Europa em turismo ou viagens de negócios, cerca de 600, eram passageiros de companhias aéreas europeias, e destes 90% eram da Ibéria. Os restantes tinham passagens de companhias de países terceiros, como por exemplo, Cabo Verde ou Marrocos", afirmou na altura à Lusa Luciano Andrade.

Para estas mil pessoas "não tem sido fácil conseguir acomodação em voos de outras companhias aéreas, até porque são poucos os que existem e estão cheios" e "as vagas que têm são em lugares com um custo mais elevado", acrescentou.

Por enquanto, "ainda tem havido lugares em abrigos, hostels e albergues" para estas pessoas que "têm ficado" por aqui, referiu o diplomata, mas não se sabe até quando, e alguns destes cidadãos brasileiros estão em situação vulnerável, também porque os recursos começam a escassear, apesar dos apoios que têm estado a ser dados por parte da embaixada, assegurou.

Neste contexto de pandemia e com as alternativas de viagens a escassearem, o diplomata admitiu então que a embaixada estava em contacto com as autoridades do Brasil, no sentido de encontrar uma solução tão rápida quanto possível, para aqueles cidadãos que queriam regressar ao país, considerando que em cima da mesa estava a hipótese de um voo de repatriamento.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 676 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.887 óbitos em 128.948 casos confirmados até hoje.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 311 mortes e 11.730 casos de infeções confirmadas.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final de 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.

No Brasil, de acordo com os números divulgados hoje, há 11.670 pessoas infetadas em todos os estados do país e 513 mortos registados.

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