Covid-19: Governo sueco e oposição de acordo para medidas de emergência

O Governo sueco anunciou hoje que chegou a um acordo com a oposição sobre uma lei de emergência que lhe permite adotar medidas imediatas contra a pandemia covid-19, mas mantendo uma estratégia mais suave que a maioria dos países.

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Lusa
07/04/2020 18:48 ‧ 07/04/2020 por Lusa

Mundo

Suécia

A reforma legal, apresentada hoje como proposta de lei que será aprovada depois deste acordo e estará em vigor até finais de junho, permite a adoção de medidas urgentes contra o contágio como fechar cafés, restaurantes, bares, centros comerciais ou portos.

"[A lei] dá-nos ferramentas para atuar rápido. Inclui somente medidas relacionadas com o coronavírus e apenas por um tempo limitado, mas são medidas que vão mais longe do que as leis vigentes", afirmou em conferência de imprensa o primeiro-ministro social-democrata, Stefan Lofven.

O projeto inicial do Governo minoritário implicava a aprovação imediata das medidas sem passar pelo Parlamento, mas o acordo final estabelece que estas devem passar pela Câmara, que poderá revogá-las passados dias.

Enquanto outros países nórdicos fecharam instituições públicas e de educação, proibiram concentrações com mais de 10 pessoas e fecharam as fronteiras a estrangeiros não residentes, a Suécia optou por uma linha mais suave, focada no isolamento de grupos de risco e apelando à responsabilidade individual.

A tradição de autonomia dos órgãos públicos e de que sejam os especialistas a traçarem a estratégia geral, fez com que a Suécia tenha introduzido de forma progressiva e mais lenta algumas restrições no combate a propagação da covid-19.

Embora longe dos números de países como Itália, Espanha, França ou Reino Unidos, a Suécia registou na última semana um aumento contínuo de infetados e óbitos por covid-19, superior ao dos vizinhos nórdicos.

Os últimos dados oficiais de hoje revelam que há 7.693 casos positivos e 591 mortes, uma subida de 24% em relação a segunda-feira, num país com um pouco mais de 10 milhões de habitantes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

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