Embaixador dos EUA em Brasília nega desvio de equipamentos médicos

O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, negou hoje que tenha havido retenção ou desvio para os EUA de equipamentos de saúde encomendados pelo Brasil à China para combater a covid-19.

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Lusa
07/04/2020 19:56 ‧ 07/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Quero deixar claro que o Governo dos Estados Unidos não comprou ou bloqueou nenhum material destinado ao Brasil. São informações completamente falsas", declarou, durante uma teleconferência com jornalistas.

"O que está passando é que muitos fornecedores querem vender para lá e depois para cá. Isso pode estar ocorrendo em todo o mundo", acrescentou o diplomata.

Na semana passada, a imprensa local brasileira relatou que empresas chinesas tinham cancelado encomendas de equipamentos e consumíveis médicos feitos pelo Governo central e pelos governos regionais do Brasil sem dar explicações.

Uma carga de 600 ventiladores chineses comprada por estados da região nordeste do país sul-americano ficou retida no aeroporto de Miami, onde fazia uma conexão aérea, e a sua compra foi cancelada pela empresa chinesa fornecedora.

Na última quarta-feira, o ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta, também disse que parte das compras que seriam feitas pelo país de equipamentos de proteção individual para uso na rede pública de saúde foram canceladas após os Estados Unidos terem adquirido um grande volume destes produtos da China.

"Os governadores podem passar-nos informações para que investiguemos. Já o fizemos e vimos que não está acontecendo. Havendo qualquer preocupação, podem contactar-nos, (...) não estamos a bloquear essas coisas. Isso, no entanto, não significa que não haja pessoas a dizer que isso está a acontecer", reafirmou o embaixador norte-americano.

Na segunda-feira, o Ministério da Saúde brasileiro contabilizou um total de 553 mortes causadas pela covid-19 e de 12.056 pessoas infetadas no país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os Estados Unidos são o país com maior número de infeções - mais de 360 mil e quase 11 mil mortes causadas pela covid-19.

 

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