Navio australiano autorizado a atracar em Montevideu na sexta-feira

Um paquete australiano que tem a bordo uma centena de casos de covid-19 vai acostar na sexta-feira no porto de Montevideu para se proceder à retirada de passageiros de avião para a Austrália, anunciaram hoje as autoridades.

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Lusa
08/04/2020 23:15 ‧ 08/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

"A acostagem do navio de cruzeiro 'Greg Mortimer' está previsto numa primeira fase para sexta-feira à tarde. O objetivo é implementar um cordão sanitário até ao aeroporto" internacional de Montevideu, anunciou a Marinha do Uruguai.

O avião para retirar os passageiros australianos e neozelandeses - os mais numerosos a bordo - com destino a Melbourne vai chegar ao Uruguai na quinta-feira e descolar na sexta-feira à noite, disseram à AFP fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Uruguai.

Depois do desembarque, os turistas serão transportados de imediato para o aeroporto de Carrasco, situado a mais de 25 quilómetros.

O navio, que tem a bordo cerca de 200 passageiros e tripulantes, está bloqueado ao largo da capital do Uruguai desde 27 de março.

Depois de se saber que há pelo menos 128 casos de covid-19 a bordo, o Governo de Montevideu decidiu que só as pessoas que estivessem "em risco de vida" seriam autorizadas a desembarcar, enquanto esperava uma solução para a retirada do conjunto dos passageiros.

Oito pessoas foram já retiradas do navio - cinco australianos, uma britânica e dois filipinos - e foram internadas em hospitais da cidade devido ao agravamento do seu estado de saúde.

Os turistas norte-americanos e europeus, na maioria britânicos, ainda terão de esperar.

"Têm de esperar que o seu teste (ao novo coronavírus) seja negativo" para que seja organizada a sua saída, que pode ser feita num voo com destino a São Paulo, no Brasil, seguindo depois para os seus países", explicou a Aurora Expeditions, proprietária do navio.

O "Greg Mortimer" deixou Ushuaia, no extremo sul da Argentina, no dia 15 de março para uma viagem à Antártida, mas a viagem foi encurtada devido ao aparecimento de casos suspeitos de covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, tendo provocado a morte a mais de 86 mil.

 

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