Numa mensagem transmitida na televisão, o presidente da Guatemala, que é médico de profissão, afirmou que nos últimos dias "muitas pessoas" têm pedido "insistentemente para serem revelados os nomes, idades, localidades e moradas" das pessoas dadas como infetadas e das suas famílias.
Essa informação "não será pública", disse, referindo que serão apenas divulgados a idade e o sexo dos doentes, a fim de os proteger, apesar de vários órgãos de comunicação social terem insistido na divulgação da origem geográfica dos casos, nomeadamente o município.
Alejandro Giammatei remeteu para a opinião da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, que defende que os Estados não devem divulgar dados que possam prejudicar os doentes e sujeitá-los a agressões ou discriminações.
No sábado, antes da mensagem do Presidente da Guatemala, a conta oficial da Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde vincou que é "importante a desagregação de dados durante uma pandemia".
A Guatemala registava, até este sábado, 153 casos de covid-19, sendo que 19 já recuperaram e três pessoas morreram.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 107 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 345 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 20.071 até hoje, e aquele que tem mais infetados, com perto de 520 mil casos confirmados.