Um grupo de especialistas e académicos desenhou o modelo para recuperar a normalidade, após as rigorosas medidas para travar a propagação do novo coronavírus que paralisaram a vida quotidiana e económica do país, que será apresentado na próxima semana no parlamento para aprovação, informou hoje o diário Haaretz, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
O plano prevê que numa primeira fase voltem ao trabalho as pessoas dos setores financeiro, de alta tecnologia ou indústria, que empregam mais de 10% da população, embora adotando regras para prevenir o contágio: máscaras, uma distância de dois metros e estritas normas de higiene.
Nesta fase também se reforçaria o transporte público que agora funciona com serviços mínimos, poderiam reabrir os centros de educação especial ou pré-escolar e os escritórios do setor público a 50%.
As etapas seguintes iniciar-se-iam com duas semanas de intervalo entre cada uma.
Numa segunda fase está prevista a reabertura das lojas e serviços não essenciais e o regresso às aulas das crianças entre os seis e os 10 anos.
O próximo passo contempla o reinício das aulas presenciais para os maiores de 10 anos, embora se recomende que as universidades continuem com as aulas virtuais.
Nesta terceira fase será ainda permitida a abertura de cafés, bares e restaurantes, mantendo-se as regras de higiene básicas e o distanciamento social.
Só na quarta e última etapa, a adotar apenas quando a pandemia estiver sob controlo, está prevista a abertura de espaços de lazer e culturais, como salas de cinema e teatros.
Também só nesta altura se prevê a reabertura dos centros comerciais, a realização de competições desportivas e o recomeço dos voos comerciais.
O plano ressalva que no caso da população de risco e dos maiores de 60 anos o confinamento deve continuar até que as autoridades definam o modo como este pode ser aliviado.
Israel conta com 112 mortos com covid-19 e 11.235 infetados com o novo coronavírus.
O governo, que impôs o uso de máscaras, determinou o encerramento do comércio e isolou as localidades mais afetadas, procura agora reativar a economia que sofreu um forte golpe com o fim do turismo, a paralisação da indústria e serviços e o aumento do desemprego entre os quatro e os 25%.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114.000 mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.