Sánchez defende unidade de partidos e nova forma de fazer política

O primeiro-ministro espanhol reclamou hoje "uma nova forma de fazer política", porque a dimensão da crise social e económica criada pelo coronavírus vai necessitar do "concurso de todos" e principalmente da unidade dos partidos políticos.

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Lusa
15/04/2020 12:02 ‧ 15/04/2020 por Lusa

Mundo

Espanha

Na primeira sessão parlamentar de perguntas ao Governo desde que o "estado de emergência" entrou em vigor em 15 de março, Pedro Sánchez também se mostrou confiante de que "os espanhóis dentro de muito pouco vão recuperar uma nova normalidade".

O líder da maior formação da oposição, Pablo Casado, do Partido Popular (PP, direita) tinha lançado dúvidas pouco antes sobre as verdadeiras intenções de Sánchez para pedir um pacto com os partidos da oposição para reconstruir a Espanha, depois do coronavírus, e instou o chefe do Governo a fazê-lo no parlamento "de uma forma clara e preto no branco".

O primeiro-ministro vai começar esta quinta-feira uma ronda de conversações para tentar reeditar os chamados "Pactos da Moncloa", um compromisso assinado no palácio com o mesmo nome, que é a sede do Governo espanhol, durante a transição democrática espanhola, em 25 de outubro de 1977, e que teve o apoio de partidos, associações empresariais e sindicais, com o objetivo de estabilizar o processo de transição para o sistema democrático.

Na sessão plenária, com a presença de muito poucos deputados devido às limitações impostas, Casado voltou a criticar duramente a forma como o Governo está a lidar com a crise do coronavírus e acusou o chefe do Governo de estar a "enganar" toda a gente, pedindo-lhe "humildade" e para usar uma gravata de luto em respeito pelas vítimas mortais da pandemia.

Sánchez respondeu que sente todos os mortos como se fossem pessoas próximas e assegurou que terão o "merecido reconhecimento" quando a "vitória total" contra a pandemia do coronavírus for alcançada, considerando que as medidas de contenção estão a funcionar.

Para esta vitória sobre a covid-19, o chefe do Governo afirmou ser essencial a "unidade" entre política e ciência, entre o Governo, as comunidades autónomas e as autarquias, mas também entre os partidos políticos.

O primeiro-ministro também defendeu o regresso faseado à atividade laboral dos setores não essenciais iniciado na segunda-feira e assegurou que o executivo "não vai deixar ninguém para trás" quando a crise terminar.

O número de mortes diárias continua a baixar em Espanha, tendo o país registado, nas últimas 24 horas, 523 mortes devido ao novo coronavírus, uma descida ligeira em relação aos 567 de terça-feira, havendo até agora um total de 18.579 óbitos, segundo as autoridades sanitárias.

De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, há 5.092 novos infetados, um número que aumenta em relação a terça-feira, mas que não põe em causa a tendência de queda dos últimos dias, sendo agora o total de pessoas que contraíram a doença de 177.633.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 124 mil mortos e infetou quase dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de mortes, contabilizando 25.757 até terça-feira, e o que tem mais infetados, com mais de 600 mil casos confirmados.

O continente europeu é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 21.067 óbitos e mais de 162 mil casos confirmados.

 

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