Vaticano planeia redução de despesas devido ao encerramento dos museus

O Vaticano está a planear uma "drástica redução" das despesas depois do encerramento dos seus museus, a principal fonte de receita, na sequência da pandemia do novo coronavírus, divulgou hoje a imprensa.

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© Reuters

Lusa
15/04/2020 21:39 ‧ 15/04/2020 por Lusa

Mundo

Itália

De acordo com o diário italiano Il Fatto Quotidiano, citado pela agência France-Presse, o encerramento dos museus do Vaticano, que recebem cerca de seis milhões de visitantes anualmente, abalou os cofres da instituição.

Os espaços museológicos permanecerão encerrados até 03 de maio, assim como a Praça e a Basílica de São Pedro, como medida preventiva para combater a propagação da pandemia do novo coronavírus.

Segundo um documento preparado pelo presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, Giuseppe Bertello, ao qual o Il Fatto Quotidiano teve acesso, está a ser planeada uma "drástica redução nas despesas de consultoria", a "suspensão, sempre que possível, de contratos a prazo" e ainda o "congelamento de promoções e novas contratações".

Também está em cima da mesa a "cessação de horas extras, exceto por razões institucionais essenciais", informa o diário italiano.

Além do Papa Francisco, cerca de 70 cardeais, o Papa emérito Bento XIV, 300 membros do corpo diplomático, 50 padres e freiras, os elementos da Guarda Suíça e cerca de 50 funcionários e as suas respetivas famílias residem no Vaticano.

A Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano também pondera cancelar conferências, exposições e congressos planeados para 2020. As viagens não essenciais e os investimentos imobiliários também deverão ser cancelados.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 131 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

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