"Os surtos dessas doenças não podem constituir uma ameaça quando temos vacinas seguras e eficazes", afirmou o diretor geral da organização, Tedros Ghebreyesus, sublinhando que "voltarão em força" se não se vacinar.
Em 2019, cerca de 800.000 pessoas terão sido infetadas com sarampo, cujo ressurgimento a OMS teme que aconteça este ano, sobretudo se diminuir o ritmo da vacinação ou os serviços sejam suspensos por causa das limitações impostas pela pandemia.
Em comunicado divulgado a propósito da semana mundial da imunização, entre 24 e 30 de abril, o responsável máximo da OMS salienta que o mundo ainda está longe da meta de 95 por cento de cobertura de vacinação de doenças como a poliomielite.
Apesar dos progressos registados nas últimas décadas, "quase 20 milhões de crianças -- uma em dez -" em todo o mundo não foram vacinadas contra o sarampo, difteria ou tétano.
Cerca de 13 milhões de crianças nunca foram vacinadas, a maioria das quais em países com sistemas de saúde frágeis, que torna difícil terem acesso a cuidados de saúde essenciais quando adoecem.
A OMS avisa que os países não podem interromper os serviços de vacinação e devem trabalhar para os repor rapidamente quando tenham sido interrompidos.
A pandemia da covid-19, para a qual ainda não há vacina, já provocou perto de 184 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.