"A opinião técnica é para prolongar por mais duas semanas o estado de emergência, porque apesar dos números ainda há alguns receios", disse o médico Tumane Baldé, porta-voz do Centro de Operações de Emergência de Saúde na conferência de imprensa diária sobre o balanço da evolução da covid-19 no país.
O médico guineense salientou também que o país não regista novos casos há três dias.
A Guiné-Bissau tem 52 casos confirmados da covid-19, três dos quais já foram dados como curados, e não há registo de mortes.
No âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram as fronteiras, bem como serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas, e locais de culto religioso.
Foram também impostas medidas de restrição de circulação, que só autorizam as pessoas a sair de casa entre as 07:00 e as 12:00 para abastecimento de bens essenciais.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, declarou pela primeira vez o estado de emergência no país a 28 de março.
O chefe de Estado faz no domingo uma declaração à Nação onde vai anunciar se prolonga por mais 15 dias o estado de emergência.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 198 mil mortos e infetou mais de 2,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 766 mil doentes foram considerados curados.
O número de mortos provocados pela covid-19 em África subiu para 1.333 nas últimas horas, com 29.053 casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Guiné Equatorial lidera em número de infeções (214) e uma morte, seguido de Cabo Verde (90 e uma morte), Moçambique (65), Guiné-Bissau (52), Angola (25 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem sete casos confirmados.