"Está agendada a realização da 6.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa [Fórum de Macau], mas a data da sua concretização ainda está por definir devido ao surto da epidemia", disse o secretário para a Economia e Finanças na apresentação das Linhas de Ação Governativa para 2020 na área.
A sexta conferência ministerial estava agendada para 29 e 30 de junho.
Lei Wai Nong afirmou que o Governo vai estudar a colaboração com a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e de outras regiões chinesas para "a exploração do desenvolvimento da cooperação com os países lusófonos em variadas vertentes" para valorizar a função de Macau como plataforma nas atividades económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa.
Em junho passado, a secretária-geral do Fórum de Macau, Xu Yingzhen, disse à Lusa que a próxima conferência ministerial, que devia realizar-se em 2019, tinha sido adiada para este ano "numa data ainda a definir".
Além da eleição de Ho Iat Seng para novo chefe do Executivo, em 25 de agosto, a região administrativa especial chinesa comemorou, em 20 de dezembro, os 20 anos de transferência de administração de Portugal para a China.
Na data, o Presidente chinês, Xi Jinping, visitou Macau para assinalar a data e dar posse a Ho Iat Seng e ao novo executivo.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum de Macau.
Este Fórum tem um secretariado permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
Cinco conferências ministeriais do Fórum de Macau foram realizadas no território em outubro de 2003, setembro de 2006, novembro de 2010, novembro de 2013 e outubro de 2016, durante as quais foram aprovados Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial.