O "esquema de seguro de vida" foi revelado durante a conferência de imprensa diária do Governo sobre a crise pelo ministro da Saúde, Matt Hancock, ao confirmar a morte de 82 trabalhadores do serviço nacional de saúde (NHS, na sigla em inglês) e de 16 trabalhadores de apoio social.
"É claro que nada substitui a perda de um ente querido, mas queremos fazer tudo o que pudermos para apoiar as famílias que estão a enfrentar este sofrimento", afirmou, admitindo o alargamento a outros trabalhadores considerados essenciais.
Perante a tendência decrescente do número de pacientes com covid-19 internados, Hancock disse que o NHS vai retomar a partir de terça-feira os serviços de tratamento para o cancro e serviços de apoio à saúde mental, que foram suspensos para aumentar a capacidade dos hospitais para a pandemia.
O ministro reassegurou também os britânicos que necessitem mas que possam estar evitar os hospitais, adiantando que o recurso às urgências caiu mais de 50% para 221 mil pessoas na semana passada, contra 477 mil em igual período do ano passado.
Perante os números diários de mortes por covid-19, com 360 hoje e 413 no domingo, o diretor-geral da Saúde de Inglaterra, Chris Witty, alertou para o risco de uma "queda artificial" dos números registados, coincidentes com o fim-de-semana, antecipando um aumento no resto da semana.
"No entanto, a tendência geral é de declínio gradual. Decididamente, ainda não passámos o pico em todo o país a esta altura", vincou.
Na atualização feita hoje, o Ministro da Saúde indicou que nas últimas 24 horas foi contabilizada a morte de 360 pacientes com o coronavírus, fazendo aumentar o total para 21.092.
Este valor refere-se apenas aos hospitais e pode não incluir todos os óbitos verificados por atrasos no registo.
O número de casos de contágio aumentou 4.310 para 157.149 pessoas diagnosticadas até agora com o novo coronavírus no Reino Unido.