A iniciativa conta também com a participação da Presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewde, da primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, e de Barbados, Mia Mottley, e de dirigentes de entidades como a UNICEF e a ONU Mulheres, entre outras, às quais se poderão acrescentar mais personalidades nas próximas semanas.
"As mulheres estão na primeira linha do combate à covid-19 e a sofrer com o impacto desta crise humana", expressou Amina Mohammed, na apresentação do projeto, através de videoconferência de imprensa.
A ex-ministra do Ambiente da Nigéria defendeu também que é o momento para as mulheres líderes darem um passo em frente e que atuem para derrotar a pandemia da covid-19, de forma a conseguir que o mundo saia reforçado da crise.
As participantes da iniciativa apoiam o pedido do secretário-geral da ONU, António Guterres, para uma ajuda internacional sem precedentes, de forma a assegurar que todos os cidadãos tenham serviços básicos e proteção social, bem como um compromisso para a construção de um mundo melhor, como parte da recuperação.
O grupo pede apoio para o fundo, impulsionado pela ONU, de resposta e recuperação face ao surto do novo coronavírus, que procura mobilizar 1.000 milhões de dólares (cerca de 923,5 milhões de euros) em nove meses e 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.847 milhões de euros) durante dois anos, como forma de auxílio aos países mais desfavorecidos.
Até ao momento, Noruega, Dinamarca e Países Baixos anunciaram contribuições para este fundo, num montante total de cerca de 36 milhões de dólares (cerca de 33,24 milhões de euros), de acordo com a ONU.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 207 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infetadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.