Para a união de produtores de batatas da Bélgica, Belgapom, trata-se de uma questão de sobrevivência. O setor é um dos maiores exportadores da economia belga e está a enfrentar uma grande crise. Com restaurantes e mercados fechados e os festivais da primavera e do verão cancelados, as encomendas caíram de forma drástica. Nesta altura, cerca de 750 mil toneladas batatas estão acumuladas em armazéns espalhados pelo país.
Como tal, Romain Cools, um dos responsáveis da Belgapom, apelou aos belgas para consumirem batatas fritas - uma das iguarias do país - com mais frequência.
"Vamos todos comer batatas fritas duas vezes por semana, em vez de apenas uma", pediu Cools.
Para além da quebra em termos domésticos, as exportações das batatas belgas também foram penalizadas. Habitualmente, as empresas belgas exportam 1,5 milhões de toneladas de produtos de batatas para 100 países.
De forma a que nem todas as batatas armazenadas corram o risco de apodrecer, a Belgapom vai oferecer 25 toneladas de batatas por semana a bancos alimentares da Flandres.