Apesar do levantamento destas restrições, a Áustria vai continuar a impor a obrigação de manter uma distância mínima de um metro entre as pessoas e de cobrir o nariz e a boca com máscara nas lojas e transportes públicos.
"Infelizmente, ainda não superámos a pandemia, mas estamos no caminho certo", afirmou o ministro da Saúde, Rudolf Anschober, em conferência de imprensa, enquanto o ministro do Interior, Karl Nehammer, confirmou que, à meia-noite de 30 de abril", as restrições às "saídas da casa dos habitantes deixam de se aplicar".
Anschober deu por terminada "com sucesso" a primeira fase de revitalização da economia, que consistiu em reabrir, após a Páscoa, pequenas lojas e parques, além de alargar as exceções que permitem aos cidadãos sair de casa e usar transportes públicos.
Apesar desse gradual levantamento das restrições, o número de novos casos da doença covid-19 não aumentou. Pelo contrário: a taxa de contágio (número de pessoas que cada novo infetado contagia) permaneceu abaixo de 1 e até diminuiu para 0,59.
Face à situação, o Governo decidiu abrir a segunda fase, que permite reuniões com familiares e amigos a qualquer momento, com a única limitação de que, se a reunião ocorrer em espaços públicos, não pode exceder 10 pessoas e a distância de segurança tem de ser mantida.
Além disso, os funerais passam a poder contar com a participação de até 30 pessoas e está planeado permitir "pequenas manifestações".
Restaurantes e outros locais de gastronomia poderão, a partir de 15 de maio, reabrir as portas todos os dias, entre 06:00 e 23:00, embora sob certas restrições, anunciou a ministra do Turismo, Elisabeth Köstinger.
Essas medidas, como um limite máximo de quatro adultos por mesa e a obrigação da equipa de atendimento usar máscara serão publicadas na quarta-feira, anunciou.
O levantamento das restrições anunciadas hoje junta-se a outras medidas para revitalizar a economia e a vida social, agendadas também para maio, como a reabertura de museus e bibliotecas e o regresso gradual de crianças e jovens à escola e a outros centros educacionais.
Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 210 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 818 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.