Covid-19: Irão ultrapassa 1.100 casos diários de contaminação

O Irão ultrapassou hoje os 1.100 casos diários de contaminação pelo novo coronavírus, segundo os números oficiais divulgado em Teerão, um aumento que levou as autoridades a insistirem na vigilância perante a pandemia da covid-19.

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Lusa
28/04/2020 14:03 ‧ 28/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Entre segunda-feira e hoje, a República islâmica registou mais 71 óbitos devido à pandemia da covid-19, elevando para 5.877 mortos o balanço nacional da pandemia, indicou Kianouche Jahanpour, porta-voz do ministério da Saúde.

As autoridades registaram 1.112 novos casos de infeção, elevando para 92.584 o número total de casos confirmados, acrescentou Jahanpour no decurso da conferência de imprensa diária transmitida pela televisão nacional.

Na véspera, a porta-voz tinha anunciado que o número das novas contaminações diárias tinha recuado para 991, mas agora ultrapassou os mil casos pela primeira vez desde 10 de março.

O Irão, que anunciou em fevereiro os primeiros casos de contaminação pelo coronavírus no seu território, permanece o país mais atingido pela pandemia em todo o Médio Oriente.

No estrangeiro, mas também no interior do país, admite-se que os números oficiais estejam larvarmente subestimados, à semelhança do que sucede em outras zonas do mundo atingidas pela doença.

A televisão estatal difundiu hoje imagens da capital iraniana que mostram comerciantes a colocarem cartazes em mercearias e que incitam os clientes a respeitar as regras de distanciamento social. "A maioria não respeita estas indicações", referiu um vendedor

Na mesma reportagem, de acordo com a agência noticiosa AFP, um condutor de autocarro manifestou inquietação. "As pessoas pagam sempre em géneros", uma forma de pagamento fortemente desencorajada pelas autoridades sanitárias porque facilitaria a propagação do vírus.

O Estado autorizou a partir de 11 de abril uma reabertura progressiva da atividade comercial. Escolas, universidades, mesquitas, santuários xiitas, cinemas, estádios e outros locais de aglomeração permanecem encerrados em todo o país, que vive desde sábado ao ritmo do Ramadão.

As autoridades referiram-se no domingo à possibilidade de uma reabertura das mesquitas nas zonas menos atingidas, mas sem precisarem com precisão os critérios, enquanto numerosos responsáveis continuam a exortar a população a respeitar as regras de distanciamento social e a sair à rua o menos possível, para evitar "uma segunda vaga".

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (56.253) e mais casos de infeção confirmados (cerca de um milhão).

Seguem-se Itália (26.977 mortos, quase 200 mil casos), Espanha (23.822 mortos, perto de 211 mil casos), França (23.293 mortos, cerca de 166 mil casos) e Reino Unido (21.092 mortos, mais de 157 mil casos).

Por regiões, a Europa soma quase 127 mil mortos (mais de 1,4 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 59 mil mortos (mais de um milhão de casos), América Latina e Caribe perto de 8.900 mortos (quase 178 mil casos), Ásia mais de 8.200 mortos (perto de 209 mil casos), Médio Oriente mais de 6.480 mortos (cerca de 160 mil casos), África mais de 1.460 mortos (mais de 33 mil casos) e Oceânia 110 mortos (mais de oito mil casos).

 

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