A pandemia do novo coronavírus provocou mudanças radicais nos hábitos do quotidiano, que se deverão prolongar até bem depois do chamado 'regresso à normalidade', com especiais efeitos em algumas indústrias, como é o caso da aviação.
Um grupo de analistas inquiridos pelo jornal britânico The Times avisou que viajar no período pós-pandemia poderá vir a revelar-se um autêntico 'pesadelo'. 'Pesadelo' esse que se poderá vir a prolongar por um espaço de tempo de até cinco anos.
Andrew Charlton, da Aviation Advocacy, sublinha que "irão existir menos voos, menos lugares disponíveis, os preços irão aumentar e as condições serão muito desconfortáveis devido às exigência do uso de equipamentos de proteção individual e de distanciamento social".
"Ao passo que estávamos habituados a aparecer no aeroporto uma ou duas horas antes da partida, podemos ver algo tão horrível como quatro horas, uma vez que verificações de saúde serão ascrescentadas ao habitual drama de check-in, segurança e imigração", afirmou.
Paul Zalkin, da Quantuma, refere que as "companhias aéreas 'low cost' operam a um coeficiente de carga de mais de 80%, pelo que retirar os lugares do meio não irá funcionar, a não ser que os passageiros dos lugares à janela e no corredor subsidiem os lugares do meio vazio. Isso significaria bilhetes a um preço muito mais elevado".
