Têm sido reportados alguns casos isolados de animais domésticos (e de alguns zoos) diagnosticados com a infeção causada pelo novo coronavírus, motivo pelo qual a FDA (Food and Drug Administration) publicou esta quinta-feira um comunicado com perguntas e respostas sobre o tema.
"Com base na informação disponível, que é limitada, o risco dos animais de estimação espalharem o vírus que causa a Covid-19 é considerado baixo. Nesta altura, não há provas de que os animais são agentes significativos na propagação do vírus", anunciou Stephen M. Hahn, comissário da FDA, através do Twitter.
O responsável do regulador norte-americano indicou que, embora ainda se esteja numa fase de recolha de informação sobre o SARS-CoV-2, "parece que este pode passar de animais para pessoas em algumas situações". "Se achar que está doente, ou estiver doente, a CDC [agência governamental de saúde pública] recomenda que se limite o contacto com animais", recorda.
Some have asked whether they should get their pet tested for #COVID19. Routine testing of pets is not recommended at this time. If your pet is sick, consult your veterinarian.
— Dr. Stephen M. Hahn (@SteveFDA) April 30, 2020
O oncologista diz ainda que, nesta altura, não se recomenda a testagem de animais para a Covid-19, aconselhando a que se leve o animal ao veterinário no caso de demonstrar algum sintoma de doença.
"Não há provas de que o vírus que causa a Covid-19 se possa espalhar a partir da pele ou do pêlo dos animais de estimação. Porém, os animais podem, por vezes, ser portadores de outros germes que podem pôr as pessoas doentes. É sempre boa ideia lavar as mãos antes e depois de interagir com eles", esclareceu o comissário.
Numa outra nota sobre os 'amiguinhos de quatro patas', recorde-se que a Universidade da Pensilvânia iniciou um programa para estudar se os cães são capazes de detetar o novo coronavírus, como fazem com os estupefacientes. O departamento veterinário desta instituição académica anunciou que vai realizar uma investigação na qual instruirá oito cães e os exporá a amostras de pacientes infetados com o novo coronavírus, a fim de determinar se eles são capazes de detetá-la.