Covid-19: África do Sul começa a aliviar o confinamento

A África do Sul começou hoje a "aligeirar" o confinamento que permitiu, desde há cinco semanas, abrandar a progressão da pandemia da Covid-19.

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Lusa
01/05/2020 18:42 ‧ 01/05/2020 por Lusa

Mundo

África do Sul

Desde a meia-noite, um milhão e meio de pessoas foram autorizadas a retomar o seu trabalho, desde que adotando medidas de proteção, nos setores da construção, têxtil e manutenção. Contudo, o essencial das restrições mantém-se.

O país passou assim, desde as 00:00, do nível de alerta sanitário 5, o mais severo, para o nível 4.

Apesar da abertura gradual de uma série de indústrias, o confinamento imposto aos 57 milhões de sul-africanos muda pouco. As deslocações estão limitadas ao estritamente necessário, estando interditadas entre as 20:00 e as 05:00, e o uso de máscara é obrigatório nos locais públicos.

As escolas continuam fechadas, pelo menos, até ao mês de junho.

Contudo, os sul-africanos foram autorizados a retomar as suas atividades desportivas ao ar livre.

Com mais de 5.600 casos e uma centena de mortes, o país mais industrializado da África subsariana é, de longe, o mais atingido pelo novo coronavírus.

O Governo e os epidemiologistas elogiaram a eficácia do confinamento que, conjugado com o fecho das fronteiras, permitiu desde 27 de março conter a propagação desta doença.

"Reconhecemos que o confinamento é necessário para salvar vidas", disse hoje o Presidente, Cyril Ramaphosa, na sua mensagem do 1.º de Maio.

Mas, acrescentou, "teve um enorme impacto nos pobres, existindo milhões de sul-africanos a lutar para ganhar a vida e alimentar a sua família".

Nas últimas semanas ocorreram incidentes isolados em algumas cidades entre a polícia e a população que, enfurecida, exigia a distribuição de alimentos prometidos pelo Governo.

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