Esse número, dizem, deve ser apenas o começo da iniciativa "Acelerador ACT (Access to covid-19 Tools), e servirá para desenvolver rapidamente "diagnósticos, tratamentos e vacinas que ajudarão o planeta a superar a pandemia", lê-se num artigo publicado pelo jornal francês 'Le Journal du Dimanche', assinado pelos seis dirigentes europeus e citado pela agência de notícias espanhola EFE.
França, Espanha, Alemanha, Reino Unido, Itália, União Europeia, a fundação Gates, a Comissão Europeia e a União Africana são alguns dos parceiros desta iniciativa, lançada em 24 de abril pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que terá, na segunda-feira, 04 de maio, a primeira reunião, 'online' de angariação de fundos.
Além de Mácron e Merkel, assinam este artigo a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, o primeiro-ministro de Itália, Giuseppe Conte, e a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, os quais sublinham que esta iniciativa pretende "cobrir o défice estimado de financiamento mundial".
A esse respeito, insistem que os 7.500 milhões de euros (8.000 milhões de dólares) não cobrem mais do que as necessidades iniciais, porque o "fabrico e o fornecimento de medicamentos à escala mundial necessitam de recursos muito superiores".
O dinheiro arrecadado, explicam, servirá para lançar "uma cooperação global sem precedentes entre cientistas e reguladores, indústria e governos, organizações internacionais, fundações e profissionais de saúde".
A verba será canalizada principalmente através de organizações de saúde "reconhecidas", como a Coligação para as Inovações e Preparação para Epidemias (CEPI) e a Aliança Global para Vacinas e Vacinação (GAVI), o Unitaid.
Os seis líderes europeus manifestam ainda o seu apoio à OMS, fortemente atacada nesta crise pandémica pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Estes dirigentes europeus justificam a iniciativa com o facto de o novo coronavírus estar a propagar-se por todo o mundo e que as consequências da epidemia e as medidas de confinamento para enfrentá-la "podem ser particularmente dramáticas em África e nos países do sul".
Reconhecem ainda que ninguém tem muita certeza sobre a evolução da pandemia, mas também salientam que ninguém pode derrotar a covid-19 sozinho.
Todos têm "um interesse comum na luta contra o vírus" e, para se protegerem, todos devem ser protegidos, referem.
Mais de um milhão e meio de casos de contaminação pelo novo coronavírus foram oficialmente diagnosticados na Europa, um pouco menos da metade do total mundial, de acordo com uma contagem feita, às 08:50 TMG, pela France-Presse (AFP).
Com pelo menos 1.506.853 de casos e 140.260 mortes, a Europa é o continente mais afetado pela pandemia da covid-19.
A nível mundial, o total de registos de infetados foi de 3.350.224 casos e o total de mortes cifrou-se em 238.334, de acordo com a agência de notícias francesa.
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