Alemanha espera contributo "de todos na UE" para ultrapassar crise

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, salientou hoje a importância de todos os países da União Europeia (UE) darem "um contributo", "o mais rápido possível", para ultrapassar a crise provocada pela pandemia de covid-19.

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Lusa
05/05/2020 14:12 ‧ 05/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"A União Europeia claro que tem um papel muito importante [e] a questão é como podemos tomar medidas solidárias no combate ao coronavírus", disse Heiko Maas, numa declaração à imprensa, por videoconferência, após uma reunião como homólogo português, Augusto Santos Silva.

"Vimos de forma muito clara que dependemos muito uns dos outros. Seria bom que todos dessem um contributo, todos os países da UE, quanto mais rápido possível melhor, para se ultrapassar esta crise", acrescentou.

Heiko Maas considerou que, nos últimos meses, a UE deu um "exemplo de enorme solidariedade entre os países", designadamente com a aprovação, "em tempo recorde", do pacote de 500 mil milhões de euros "para proteger os cidadãos europeus" e "apoiar os países mais afetados", afirmando que ela mostra que "a UE está a funcionar".

Referindo-se à conferência de doadores lançada na segunda-feira pela Comissão Europeia, que permitiu angariar 7,4 mil milhões de euros para testes, vacinas e tratamentos da covid-19, o chefe da diplomacia alemã sublinhou como a "atitude credível e solidária" da UE "mostrou que [...] a Europa também pode assumir liderança nível mundial [...] numa altura em que há outros que começam a esquivar-se dessa responsabilidade internacional", disse.

"Nós podemos dar esse sinal de esperança ao mundo", destacou.

Para Heiko Maas, as presidências do Conselho da UE que a Alemanha e Portugal se preparam para assumir, respetivamente no segundo semestre de 2020 e no primeiro de 2021, cuja preparação esteve na agenda do encontro de hoje, são uma "enorme oportunidade" para "ter uma agenda orientada para o futuro".

"Será importante otimizar a nossa gestão da crise para combinarmos mais estratégias de saída neste combate ao coronavírus e tirarmos as lições desta crise", disse.

Augusto Santos Silva salientou que, nesse trabalho de preparação do programa conjunto do trio de presidências - alemã,  portuguesa e, no segundo semestre de 2021, eslovena -, "as coisas são muito fáceis" dada "a afinidade de pontos de vista" e "a proximidade das visões sobre a Europa".

"Por isso nós, portugueses, temos a certeza que a presidência alemã será eficaz, permitirá avançar em muitos 'dossiers', e julgo que a Alemanha também tenha a certeza que Portugal fará uma presidência da UE à altura das exigências do momento", declarou.

A pandemia de covid-19 já provocou, a nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, mais de 251 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1.1 milhões de doentes foram considerados curados.

A Europa foi até agora a região do mundo mais afetada, somando cerca de 145 mil mortos (mais de 1,5 milhões de casos).

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