Macron, de máscara, visitou hoje uma escola do ensino básico num subúrbio no oeste de Paris, que se manteve aberta para filhos de profissionais de saúde.
Mais de 300 presidentes de câmara da região da capital, incluindo a de Paris, Anne Hidalgo, instaram Macron numa carta aberta a adiar a abertura das escolas primárias prevista para a próxima semana.
Os autarcas criticaram o "calendário insustentável e irrealista" para dar resposta às condições sanitárias e de segurança exigidas pelo Estado, incluindo turmas com um máximo de 15 alunos. A maioria das crianças francesas frequenta escolas públicas.
Muitos pais dizem que não deixarão os filhos regressarem à escola, sendo a França um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus. É o quinto país no mundo com maior número de mortos: 25.201 em mais de 169.000 infetados.
A França prevê começar a levantar algumas das medidas do confinamento a 11 de maio, com o retomar de atividade em algumas empresas, o que implica o regresso de alguns pais ao trabalho.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 251.000 mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios, segundo um balanço da agência France Presse.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.