Macron diz a Putin que pandemia deve servir para construir paz
O Presidente francês, Emmanuel Macron, defendeu hoje, durante uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que a pandemia do novo coronavírus demonstra a necessidade de se construir a paz e a estabilidade.
© Reuters
Mundo Coronavírus
Segundo o Palácio do Eliseu, Macron sublinhou a importância de construir a paz e a estabilidade no continente europeu e no resto do mundo.
Na conversa telefónica, para assinalar o 75.º aniversário do fim da II Guerra Mundial, Emmanuel Macron aproveitou a oportunidade para transmitir a Putin "a amizade e o reconhecimento" do povo francês, a propósito da celebração do Dia da Vitória, que na Rússia é comemorado em 09 de maio.
A memória da guerra deve "unir-nos", assim como a "situação que a França, a Rússia e todo o continente europeu estão a viver" com a pandemia da covid-19, refere um comunicado de imprensa da Presidência francesa.
O comunicado "salienta mais do que nunca a necessidade de construir a paz e a estabilidade no continente europeu e no resto do mundo".
Macron recordou "a importância do diálogo estratégico" entre os dois países, com uma agenda comum "de confiança e segurança", o que exige que "todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU exerçam plenamente as suas responsabilidades históricas face a uma crise sem precedentes".
A França, que na próxima semana inicia o levantamento de restrições ao confinamento, soma cerca de 26 mil mortos devido à covid-19, enquanto a Rússia contabiliza 1.625 vítimas mortais.
O novo coronavírus frustrou os planos do Presidente russo de reunir os principais líderes mundiais, incluindo Macron, no sábado, na Praça Vermelha de Moscovo, para comemorar com um grande desfile militar o 75.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 263 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
A Europa regista mais de 150 mil mortos e mais de 1,6 milhões de casos.
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