Cerca de três mil militares participaram na capital bielorrussa na parada anual, que foi acompanhada nas ruas por outras dezenas de milhares de pessoas, algumas usando máscaras de proteção individual, segundo relataram agências internacionais.
O Presidente da Bielorrússia, Alexandre Lukachenko, que lidera o país desde 1994, assistiu à parada com outros altos responsáveis numa tribuna isolada.
Lukachenko, que classificou as preocupações relacionadas com o novo coronavírus como uma "psicose", afirmou durante o evento que a provação da Bielorrússia (antiga república soviética) durante a Segunda Guerra Mundial "é incomparável com as dificuldades dos dias atuais".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou para que fossem avaliadas "soluções alternativas" para comemorar esta efeméride, de forma "a não arriscar vidas humanas".
Lukachenko considerou, no entanto, "inadmissível" cancelar as cerimónias num país que "carrega o peso da guerra mais destrutiva do século XX nos ombros".
A vizinha Rússia -- que está com perto de 200.000 casos de infeção pelo novo coronavírus -, decidiu adiar as comemorações para uma data posterior, tendo organizado apenas um desfile aéreo e programado um discurso do Presidente, Vladimir Putin, junto ao monumento do soldado desconhecido.
Desde o início da pandemia, o Presidente da Bielorrússia tem questionado a gravidade do novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, tendo sido um dos únicos países a manterem o campeonato de futebol ou as lojas, igrejas e restaurantes abertos.
Com nove milhões de habitantes, a Bielorrússia tem mais de 21 mil casos de covid-19, incluindo 121 vítimas mortais.
O dia 09 de maio, conhecido como o Dia da Vitória, assinala a vitória do Exército Vermelho soviético sobre as forças da Alemanha nazi.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France Presse (AFP), a pandemia de covid-19 já provocou mais de 274 mil mortos e infetou mais de 3,9 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.