Os cinemas, restaurantes, cafés e ginásios reabrem a partir de 14 de maio, disse hoje a governante, anunciando que o país vai baixar o nível das medidas impostas para lutar contra o novo coronavírus de 3 para 2.
"No nível 2 podemos estar novamente fora [nas ruas]. Quase toda a nossa economia vai reabrir", afirmou Jacinda Ardern, durante uma conferência de imprensa em Wellington, citada pela agência de notícias Efe.
Na quinta-feira, reabrem também o comércio a retalho e os parques infantis.
Os alunos vão voltar ao ensino presencial a partir de 18 de maio, com a reabertura dos bares prevista para 21 deste mês.
O alívio das medidas de confinamento está no entanto sujeito à obrigação de manter as regras de distanciamento físico, com o limite de dez pessoas por mesa em restaurantes e bares.
A Nova Zelândia, que impôs medidas de confinamento consideradas como as mais estritas do mundo, conta atualmente com 1.147 casos de infeção pelo novo coronavírus e 21 mortos, tendo registado três novas infeções nas últimas 24 horas.
A primeira-ministra neozelandesa sublinhou, no entanto, que o Governo irá rever a situação do país dentro de duas semanas.
"Ganhámos uma batalha, mas não a guerra", disse a governante.
As autoridades neozelandesas impuseram em finais de março as primeiras restrições no país para lutar contra a progressão do vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, numa altura em que se registavam apenas 28 infetados, tendo declarado quarentena estrita no dia 25 desse mês.
A reabertura progressiva começou em 28 de abril, com a retoma de cerca de 75% das atividades económicas e comerciais, acompanhada por algumas restrições e regras de distanciamento social.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP), a pandemia da covid-19 já provocou mais de 280 mil mortos e infetou mais de quatro milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.