"Hoje será a primeira vez que não me deslocarei ao meu gabinete de primeiro-ministro", referiu Albin Kurti, 44 anos, na sua conta Facebook.
Kurti não precisou a duração da quarentena, mas disse que vai permanecer no seu apartamento até à chegada dos resultados do teste do membro do Ministério da Integração Europeia com quem manteve contacto após este responsável ter estado junto a uma pessoa infetada.
"Aguardamos os resultados", disse Kurti.
O Kosovo respondeu rapidamente à pandemia do coronavírus e aplicou medidas restritivas às atividades públicas, e que permitiu limitar a expansão do vírus entre os 1,8 milhões de habitantes.
Até ao momento, os números oficiais referem-se a 884 pessoas infetadas e 28 mortos.
Albin Kurti, que venceu as eleições legislativas de outubro, aguarda a realização de um novo escrutínio após o seu governo, anunciado em 03 de fevereiro, ter sido derrubado por um voto de desconfiança ao ser abandonado pela Liga Democracia do Kosovo (LDK, centro-direita), ex-parceiro de coligação.
Em 20 de abril, Kurti, que lidera o movimento Vetëvendosje (Autodeterminação, onde militantes de extrema-esquerda e nacionalistas albaneses coabitam de forma complexa com elementos mais moderados) denunciou a ingerência dos Estados Unidos no jogo político kosovar.
Na ocasião, o ainda primeiro-ministro interino denunciou em particular a ingerência do embaixador dos EUA na Alemanha, Richard Grenell -- também apontado por Washington como enviado especial para as negociações entre a Sérvia e o Kosovo --, no derrube do seu governo.
"É lamentável que o embaixador Grenell se tenha colocado ao lado dos políticos corruptos que foram rejeitados pelo povo nas últimas eleições", referiu.
A data das novas legislativas permanece motivo de debate, com Kurti a defender a sua convocação quando a pandemia for debelada, enquanto os seus adversários políticos pretenderem eleições no mais breve prazo possível.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.528) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (31.855 mortos, mais de 219 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.744 mortos, mais de 227 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).
Por regiões, a Europa soma mais de 156.400 mortos (mais de 1,7 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 84.300 mortos (cerca de 1,4 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 20.800 mortos (mais de 373 mil casos), Ásia mais de 10.700 mortos (cerca de 300 mil casos), Médio Oriente mais de 7.600 mortos (mais de 227 mil casos), África mais de 2.200 mortos (mais de de 63 mil casos) e Oceânia com 125 mortos (mais de 8.200 casos).