Meteorologia

  • 05 NOVEMBER 2024
Tempo
19º
MIN 17º MÁX 22º

Hungria convoca embaixadores que acusa de difundirem "falsas informações"

Budapeste convocou hoje os seus embaixadores nos cinco países nórdicos, que acusa de difundirem falsas informações sobre a Hungria após as críticas sobre o reforço dos poderes do Governo de Viktor Orban para enfrentar a pandemia.

Hungria convoca embaixadores que acusa de difundirem "falsas informações"
Notícias ao Minuto

16:44 - 11/05/20 por Lusa

Mundo Viktor Orban

O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, emitiu duras críticas aos governos da Islândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia e que definiu em comunicado de "central liberal internacional que emite falsas informações".

Em 30 de março, o parlamento húngaro aprovou uma controversa lei que permite ao primeiro-ministro nacionalista Viktor Orban governar por decreto até nova decisão e no âmbito do estado de emergência aprovado com o objetivo de combater a pandemia.

Ao associar-se às numerosas críticas internacionais motivadas por este texto, a secretária-geral do Conselho da Europa, Marija Pejcinovic, sublinhou que o estado de emergência "com duração indefinida e sem controlo não permite garantir que sejam respeitados dos princípios fundamentais da democracia e que a restrição dos direitos humanos fundamentais seja estritamente proporcional à ameaça que é suposto contrariar".

Numa missiva em 06 de maio, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos cinco países nórdicos também referiram "partilhar as inquietações" e sublinharam que "o Estado de direito deve prevalecer mesmo em situação de emergência".

"Os ministros dinamarquês, finlandês, islandês, norueguês e sueco sabem melhor que os húngaros aquilo que os húngaros querem?", retorquiu Szijjarto.

"Ocupem-se dos seus assuntos", acrescentou o chefe da diplomacia de Budapeste.

Desde o seu regresso ao poder em 2010 que Viktor Orban é sistematicamente censurado por organizações internacionais, que denunciam uma deriva autoritária registada na Hungria.

Na semana passada, a organização não-governamental norte-americana Freedom House retirou este país da lista de Estado democráticos e colocou-o na coluna dos "regimes híbridos".

A Hungria é membro do Conselho da Europa, uma instituição internacional que agrupa 47 Estados-membros.

Budapeste criticou vigorosamente as críticas sobre a instauração do estado de emergência e considerou estar a ser injustamente criticada. Na semana passada, Viktor Orban enviou uma carta ao Partido popular europeu (PPE, conservador), a formação da direita europeia que integra o seu partido, para exigir desculpas.

O Governo afirma que o parlamento húngaro pode suspender a qualquer momento as medidas excecionais e que o estado de emergência será abolido quando for declarado o final da pandemia.

O Parlamento europeu vai discutir na quarta-feira a situação do Estado de direito na Hungria.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (79.528) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (32.605 mortos, mais de 222 mil casos), Itália (30.560 mortos, mais de 219 mil casos), Espanha (26.744 mortos, mais de 227 mil casos) e França (26.380 mortos, mais de 176 mil casos).

Recomendados para si

;
Campo obrigatório