Covid-19: Número oficial de mortes em Nova Iorque pode ser pior

O número de mortes com a covid-19 na cidade de Nova Iorque pode ser de 24.000, uma conta mais elevada do que os 20.000 óbitos registados oficialmente, dizem as autoridades federais.

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Lusa
11/05/2020 19:09 ‧ 11/05/2020 por Lusa

Mundo

CDC

Um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) hoje divulgado, diz que o número total de mortes em Nova Iorque pode ser de 24.000, cerca de 4.000 mais do que os números oficiais registados entre março e início de maio.

Segundo a agência federal, as chamadas "mortes em excesso" podem ter origem em razões que foram provocadas pela covid-19, incluindo as relacionadas com a falta adequada de serviços hospitalares e cuidados de saúde, bem como pelo medo público causado pela pandemia.

"O rastreamento das mortes por excesso é importante para entender a contribuição para a taxa de mortalidade por ambas as doenças: a covid-19 e a falta de disponibilidade de atendimento para outras condições", diz o relatório, acrescentando que falta mais investigação sobre o assunto.

O relatório é redigido com base em dados compilados pelo Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova Iorque e destaca os desafios que as autoridades enfrentam ao avaliar e quantificar o número de pessoas afetadas pela crise.

Acredita-se que até as mortes causadas pelo novo coronavírus estejam a ser subestimadas em todo o mundo, devido em grande parte aos limites dos testes e às diferentes maneiras como os países contam os mortos.

Até domingo, a cidade de Nova York registava quase 14.800 mortes confirmadas por um teste de laboratório e outras quase 5.200 mortes consideradas prováveis, por não estar nenhum teste disponível.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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