Manifestação contra Governo espanhol em zona chique de Madrid

Uma concentração que diariamente viola o confinamento em vigor, no bairro de Salamanca no centro de Madrid, um dos mais ricos de Espanha, a exigir a demissão do Governo de Pedro Sánchez, está a levantar polémica.

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Lusa
14/05/2020 18:59 ‧ 14/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Desde o último domingo que um grupo de uma centena de manifestantes de direita, diariamente às 21:00 reúne-se no mesmo local a bater em panelas e a gritar a favor da "demissão do governo" e da "liberdade", como pode ser visto em vídeos partilhados através das redes sociais.

O grupo denuncia a forma como o socialista Pedro Sánchez tem levado a cabo a luta contra a pandemia de covid-19 que já causou mais de 27.000 mortes em Espanha, e critica as restrições à liberdade de movimentos prevista nas medidas de contenção que começaram a ser levantadas numa parte do país, mas não na capital espanhola.

Os críticos de esquerda atacaram rapidamente este movimento, que consideram ser "a Espanha que contamina", porque as imagens mostram que estes manifestantes não respeitam as distâncias de segurança ou as regras de contenção em vigor.

Por enquanto, às 21:00 apenas é permitido, na capital espanhola, sair de casa para fazer exercício ou caminhar de forma individual ou, no máximo, duas pessoas que vivam debaixo do mesmo teto.

Uma associação de moradores do bairro pobre de Aluche, queixou-se na rede social Twitter que, se houvesse manifestações deste tipo nas zonas menos favorecidas, a polícia não teria agido como fez na "zona burguesa".

Segundo a agência AFP, o líder da bancada na assembleia de Madrid do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), José Manuel Franco, disse que a polícia tinha dispersado de forma pacífica a manifestação de quarta-feira à noite e que três pessoas que resistiram vão ser punidas.

As forças de segurança vão ser destacadas hoje para impedir a "concentração de pessoas", mas "não para reprimir qualquer manifestação", acrescentou.

Entretanto, a presidente da região de Madrid, Isabel Diaz Ayuso, do Partido Popular (direita) rejeitou hoje, no Parlamento regional, as críticas contra as pessoas "que não podem sair livremente para se manifestarem na sua própria rua, mesmo por um curto período de tempo".

"Muitos deles não podem ficar arruinados por causa das políticas" do Governo, acrescentou Ayuso.

A Espanha é um dos países mais atingidos pela covid-19 que, segundo um balanço da agência de notícias AFP, já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

O país registou 217 mortes devido à pandemia de covid-19 nas últimas 24 horas, um aumento em relação às 184 de quarta-feira e um número que volta a subir acima da barreira dos 200 óbitos.

De acordo com o Ministério da Saúde espanhol, o país contabilizou um total de 27.321 óbitos desde que a doença foi declarada.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

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