Mais de 17.000 venezuelanos aguardam repatriamento no Equador
Mais de 17.000 migrantes registaram-se no consulado da Venezuela em Quito, com o objetivo de conseguirem um voo de regresso ao país, confirmou hoje o cônsul venezuelano na capital do Ecuador.
© Reuters
Mundo Equador
"O último número que temos aponta para 17.000 pessoas na plataforma e 500 em lista de espera", disse o cônsul da Venezuela em Quito, Pedro Sassone, em declarações à agência Efe.
O cônsul referiu que, dos 354.000 venezuelanos no país, cerca de 60% "vivem atualmente uma situação social complicada em termos de emprego e estabilidade no emprego", e, por isso, o que é feito em termos de voos [de repatriamento] fica aquém das necessidades".
Por esse motivo, pediu às autoridades equatorianas, organizações internacionais e ONG que ativem "uma grande plataforma de solidariedade com os venezuelanos", de modo a garantir respostas humanitárias ao grupo que procura regressar ao país.
Cerca de cem venezuelanos, incluindo crianças, idosos e mulheres grávidas, passaram várias noites ao ar livre ao lado da sede do consulado em Quito, à espera de um repatriamento, mas nada faz prever que isso possa a acontecer a curto prazo, insistiu Sassone.
Com o passar dos dias, mais pessoas e famílias têm chegado à representação diplomática, estendendo-se por várias dezenas de metros num acampamento improvisado.
Sassone descreve a situação como "lamentável" e pede a colaboração das autoridades locais, até porque os voos de repatriação dependem também da forma como a pandemia evolui na Venezuela, onde chegaram seis casos positivos num dos dois voos que deixaram Quito.
"Eles não estão dispostos a arredar pé e disseram que só saem quando houver voos", acrescentou o diplomata.
O alto representante da União Europeia (EU) para a Política Externa, Josep Borrell, anunciou hoje que a UE e a Espanha vão coorganizar uma conferência de doadores, em 26 de maio, a favor dos refugiados venezuelanos.
A conferência, que será virtual devido à pandemia, terá também o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O objetivo, conforme explicou a UE, é "consciencializar a comunidade internacional para esta crise sem precedentes e mobilizar recursos para apoiar esta população desprotegida".
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