De acordo com os números oficiais, a Bélgica, um país com 11,5 milhões de habitantes, assinala 55.280 casos confirmados da covid-19 e 9.052 mortos.
No entanto, a pandemia parece estar em recuo e o país começa a aliviar as medidas de confinamento.
A primeira-ministra Sophie Wilmes foi, entretanto, acolhida de forma glacial num hospital de Bruxelas, com os enfermeiros e pessoal auxiliar a virarem-lhe as costas durante a sua vista à linha da frente da luta contra a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
As enfermeiras e outro pessoal do estabelecimento alinharam-se à entrada do hospital Saint Pierre de Bruxelas quando Wilmes chegou e viraram-lhe ostensivamente as costas quando surgiu a viatura oficial.
O pessoal protestava contra a falta de recursos dos hospitais e os decretos oficiais que poderão forcá-los a trabalhar se a crise da covid-19 o exigir, indicaram os 'media' belgas.
"Perante os nossos apelos de ajuda, a política vira-nos as costas constantemente", declarou um enfermeiro, que optou pelo anonimato, à televisão pública RTBF.
Um porta-voz de Wilmes indicou que a chefe do Governo falou durante 40 minutos com representantes do pessoal em protesto, e que a atmosfera no interior do hospital foi mais cordial.
"Situação sanitária, proteções, carga mental, valorização da profissão, financiamento dos cuidados de saúde, nenhum dos assuntos foi ignorado", escreveu Wilmes na rede social Twitter.
A Bélgica continua a registar o maior número de mortos em relação à sua população, com 78 mortos por 100.000 habitantes, seguido pela Espanha (59), Itália (53), Reino Unido (51) e França (43).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 313.500 mortos e infetou mais de 4,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,6 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos da América são o país com mais mortos (89.207) e mais casos de infeção confirmados (quase de 1,5 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (34.636 mortos, mais de 243 mil casos), Itália (31.908 mortos, mais de 225 mil casos), França (28.108 mortos, cerca de 180 mil casos) e Espanha (27.650 mortos, mais de 231 mil casos).
A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.631), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 281 mil).